Caso 21: laboratório

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MOTIVO DA CONSULTA:
O paciente queria reabilitar definitivamente o implante colocado no local de dente 1.2. A sua preocupação estética com a situação incluía também os dentes adjacentes.

DIAGNÓSTICO:
Paciente do sexo masculino, com 34 anos de idade e fumador. Apresentava um implante colocado no local do dente 1.2 reabilitado provisoriamente com um dente em resina composta fixado aos dentes adjacentes com uma rede metálica. Os dentes 1.3 e 1.1 mostravam uma significativa exposição radicular.

PLANO DE TRATAMENTO:
Foi proposta uma reabilitação realizada em duas fases:

1º- Confeção de duas facetas de cerâmica feldespática com componente coronário e gengival com o objetivo de” mascarar” a exposição radicular e simultaneamente reduzir o espaço edentulo.

2º- Confeção de uma coroa aparafusada sobre o implante, também com componente coronário e gengival, integrada na reabilitação prévia com as facetas.

A intenção de incluir cerâmica de tonalidade gengival na reabilitação seria validada pelo paciente durante a realização das restaurações provisórias.

NOTAS DA COLABORAÇÃO “MÉDICO DENTISTA & TÉCNICO DE PRÓTESE DENTÁRIA”:
O implante foi exposto e simultaneamente foi incluída uma resina composta com tonalidade gengival na restauração provisória. Após a maturação gengival foi feita a impressão ao implante para confeção de um dente provisório aparafusado. A nível laboratorial, foram enceradas as superfícies mesial do 1.3 e distal do 1.1 simulando a forma que teriam as facetas planeadas. Foram realizados dois dentes provisórios iguais, um seria para colocar em boca e o outro seria utilizado na impressão dos dentes preparados para as facetas. Os dentes 1.3 e 1.1 foram preparados e foi feita a impressão de arrasto com um dos dentes provisórios. As restaurações provisórias permitiram ao paciente rejeitar esteticamente esta opção mostrando-se interessado em incluir cerâmica de tonalidade gengival. As facetas feldespáticas com componente gengival foram realizadas procurando recriar a arquitetura branca/rosa contra-lateral e foram coladas em boca segundo a convencional técnica de colagem. Foi incluída resina composta de tonalidade gengival no terço cervical do dente provisório de acordo com as papilas recriadas pelas facetas. Estabilizados posicionalmente os tecidos moles peri implantares iniciou-se o processo laboratorial da confeção de uma coroa aparafusada sobre o implante com cerâmica coronária e gengival. Para documentar pedagogicamente o caso clinico foi utilizado em simultâneo um fluxo de trabalho tradicional e um fluxo de trabalho virtual. Foram também confecionadas duas coroas utilizando dois materiais diferentes como infraestrutura, o ouro e o óxido de zircónia. Ao paciente foi dado a escolher em termos estéticos uma das duas coroas tendo sido a coroa com a infra-estrutura em Zr a escolhida. Apesar da complexidade e duração da reabilitação o paciente ficou bastante satisfeito com o resultado final.


PUBLICAÇÃO: The papillary veneers concept: An option for solving compromised dental situations; Couto Viana P., Correia A., Kovacs A; J Am Dent Assoc 2012; 143(12):1313-1316