Caso 34: laboratório

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MOTIVO DA CONSULTA:
O paciente não estava satisfeito com a prótese superior, “estava muito solta e gasta”.

DIAGNÓSTICO:
Paciente do sexo masculino, com 61 anos, não fumador. Portador de uma prótese parcial acrílica superior, apresenta os dentes 1.3 e 2.3 com tratamento endodôntico e os dentes 1.8,1.7 e 2.7 com cáries extensas. No maxilar inferior faltam os molares e os dentes antero-inferiores apresentam cáries cervicais e restaurações infiltradas. O dente 3.3 tem tratamento endodôntico. O paciente não é portador de prótese inferior, apresenta uma diminuição da dimensão vertical da oclusão e tinha uma higiene oral sofrível.

PLANO DE TRATAMENTO:
Após análise clínica e imagiológica foi proposto ao paciente recuperar a dimensão vertical da oclusão com a confeção de duas próteses esqueléticas removíveis. A prótese esquelética superior seria retida por dois espigões fundidos com encaixe de bola ”nardy’s” cimentados sobre as raízes dos dentes 1.3 e 2.3. Os dentes 1.8,1.7 e 2.7 seriam utilizados para retenção posterior. No maxilar inferior, depois do tratamento dos dentes remanescentes seria confecionada uma prótese esquelética inferior.

NOTAS DA COLABORAÇÃO “MÉDICO DENTISTA & TÉCNICO DE PRÓTESE DENTÁRIA”:
Feito o diagnóstico e tomada a decisão quanto ao tratamento a executar, foi realizada uma pré-impressão com a prótese removível que o paciente usava para fazer o acrescento do dente 1.3. Os dentes 1.3 e 2.3 foram preparados para a confeção de Nardy’s. Para conseguir uma margem supra gengival, foi feita uma gengivectomia com bisturi elétrico. A gutta persha foi removida dos canais radiculares e estes foram alargados para criar espaço para os postes. Após colocação do fio de afastamento gengival foi preparado um tutor de plástico para impressão do canal intra-radicular. O canal radicular foi lavado, seco e cuidadosamente vaselinado antes da realização da impressão. Utilizei a técnica de dupla mistura com dupla viscosidade. No laboratório sobre o modelo de trabalho, foram confecionados dois espigões fundidos com encaixe de bola “nardy’s”. Simultaneamente foram feitas ceras de articulação com base estabilizada de acrílico e uma moldeira individual superior. Os espigões foram cimentados em boca e de seguida foi feita a recolha do registo inter-maxilar com as ceras de articulação e silicone de registo de mordida. A prótese removível acrílica foi adaptada aos encaixes de bola com acondicionador de tecidos. A impressão funcional do maxilar superior foi feita com silicone fluído colocado na moldeira individual superior. No laboratório foi confecionada uma prótese esquelética com encaixes fêmea para os nardy’s e ganchos posteriores. Em boca foi feita a prova de esqueleto com os dentes montados em cera. A prótese foi validada estética e funcionalmente. Foi realizado um novo registo inter-maxilar para validação do anterior. Após a acrilização do trabalho em laboratório foi feita a sua colocação definitiva em boca. Passadas duas semanas, foi iniciada a confeção de uma prótese esquelética inferior, bem como o tratamento das cáries cervicais dos dentes antero-inferiores. A reabilitação oral do paciente foi acompanhada da recuperação da dimensão vertical da oclusão.