Caso 36: laboratório

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MOTIVO DA CONSULTA:
O paciente não estava satisfeito com “a aparência estética da ponte antiga” e sentia “um ligeiro desajuste na parte de trás da ponte”.

DIAGNÓSTICO:
Paciente do sexo masculino, com 50 anos de idade e não fumador. Apresenta uma ponte Tipo Maryland a substituir o dente 2.2. “As asas da Maryland” são metálicas e as superfícies dentárias em contacto com estas apresentam-se infiltradas. O dente 2.1 apresentava uma faceta de cerâmica feldspática a recobrir a superfície vestibular. O dente 1.2 apresentava uma faceta de cerâmica feldspática com margem dentária cervical exposta. O espaço edentulo correspondente ao dente 2.2 é estreito e alto. Apresenta uma mordida aberta anterior. Boa higiene oral e razoável saúde periodontal.

PLANO DE TRATAMENTO:
Foi aconselhada a confeção de uma ponte de dois elementos, com o dente 2.1 como pilar e o dente 2.2 como pontico em extensão. Ponte em “cantilever”, com infraestrutura de Zr revestida a cerâmica.

NOTAS DA COLABORAÇÃO “MÉDICO DENTISTA & TÉCNICO DE PRÓTESE DENTÁRIA”:
Foram feitas impressões às arcadas com hidrocoloide irreversível, para confeção em laboratório de uma ponte provisória em acrílico, com o dente 2.1 como pilar e o dente 2.2 como pontico em extensão. Foi confecionado um apoio palatino para ser colado à superfície palatina do dente 2.3. Removida a ponte Maryland e a faceta vestibular no dente 2.1, foi realizado o re-preparo do coto dentário, colocando a linha de acabamento cervical intrasulcular. A ponte provisória feita em laboratório foi rebasada em boca com acrílico autopolimerizável e resina composta. Durante 6 semanas, os tecidos moles foram trabalhados e estabilizados, preparando a consulta da impressão. Nesta sessão, o afastamento gengival foi realizado com pasta de caulino, utilizando a ponte provisória para comprimir o material dentro do sulco gengival. A impressão foi realizada com a técnica de dupla mistura e a ponte provisória colocada. No fim da consulta foi feita uma impressão em hidrocoloide irreversível à ponte provisória colocada em boca. O paciente tinha aprovado a estética da provisória, e nesse sentido essa informação foi passada para o laboratório. No laboratório, o trabalho foi realizado, seguindo a orientação de uma chave de silicone, baseada na forma e disposição da ponte provisória, aprovada pelo paciente. A ponte com o dente em extensão foi confecionada com uma infraestrutura em Zr, tendo particular cuidado no desenho do conector. Depois de experimentada e aprovada pelo paciente, a peça prostética foi cimentada em boca, com resina composta modificada com ionómero de vidro.