Caso 37: laboratório

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MOTIVO DA CONSULTA:
O paciente queixava-se que a “ponte estava a abanar e tinha dor no dente que segurava a ponte”

DIAGNÓSTICO:
Paciente do sexo masculino, com 30 anos de idade e não fumador. Apresentava uma ponte metalo-cerâmica de dois elementos, com o dente 2.1 como pilar e o dente 2.2 como pôntico em extensão. O dente 2.1 tinha um tratamento endodôntico e apresentava uma extensa reabsorção radicular. O nível cervical dos dentes da ponte estava 2 mm apical em relação aos dentes adjacentes. A ponte apresentava ligeira mobilidade. Tendo a raiz do dente 2.1 extração indicada, a ponte estava comprometida. Higiene oral e saúde periodontal razoáveis.

PLANO DE TRATAMENTO:
Foi proposta a remoção da ponte, a realização de regeneração de tecidos duros e moles, e a colocação de um implante no local do dente 2.1, que daria suporte a uma ponte aparafusada de dois elementos. A ponte teria uma infraestrutura metálica. A utilização ou não de cerâmica de tonalidade gengival ficou por decidir, em função do que fosse conseguido com a regeneração tecidular.

NOTAS DA COLABORAÇÃO “MÉDICO DENTISTA & TÉCNICO DE PRÓTESE DENTÁRIA”:
Após impressão para a confeção de uma prótese acrílica removível imediata, realizada em laboratório, foi realizada a remoção da ponte, com a extração da raiz do dente 2.1. A prótese foi colocada após a realização de uma cuidada curetagem da zona. Oito semanas depois, foi realizada uma cirurgia com um auto enxerto do mento, fixado com parafusos de osteossíntese, que procurou recuperar o volume ósseo perdido. Doze semanas após o auto enxerto, foi colocado um implante no local do dente 2.1, foram removidos os parafusos de osteossíntese, e feita nova regeneração com substituto ósseo e enxerto de tecido conjuntivo. Apesar das duas cirurgias realizadas com intenção de recuperar o volume ósseo, feitas por profissional diferenciado e experiente, a sobreposição dos modelos antes e após a regeneração mostraram que se conseguiu sobretudo um incremento de volume vestibular, e pouco ou nenhum incremento vertical. Três meses após a colocação do implante, foi realizada a segunda fase cirúrgica para exposição do implante, e colocação de um parafuso de cicatrização. A incisão foi feita no sentido de mobilizar mais tecido mole para a zona vestibular. Estando os tecidos cicatrizados em torno do parafuso de cicatrização, foi feita uma impressão com técnica de moldeira aberta para a confeção de uma ponte provisória aparafusada. A ponte provisória foi aparafusada, permitindo libertar o paciente da prótese removível e começar a trabalhar o perfil de emergência do implante e do pôntico. A colocação da ponte provisória permitiu visualizar esteticamente a falta de tecidos moles na zona da papila interdentária, levando, em sintonia com o paciente, a considerar a hipótese de utilizar cerâmica de tonalidade gengival. Estabilizada a arquitetura gengival, foi feita a impressão definitiva utilizando o perfil de emergência da ponte provisória, para individualizar a peça de transferência. No laboratório foi confecionada uma infra infraestrutura metálica, posteriormente testada em boca. O trabalho foi finalizado com a colocação de cerâmica de tonalidade coronária e gengival. Aprovado pelo paciente e após longo período de tratamento, a ponte foi aparafusada definitivamente.

PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS:
Manuel Neves, DMD