Caso 45: laboratório

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MOTIVO DA CONSULTA:
A paciente tinha uma coroa metalo-cerâmica no dente 1.4 que “caiu” e gostava de colocar “um dente fixo”.

DIAGNÓSTICO:
Paciente do sexo feminino, com 46 anos de idade, não fumadora. A raiz do dente 1.4 estava presente em boca após a avulsão de uma coroa metalo -cerâmica. A raiz apresentava-se com a estrutura dentária amolecida e com uma fratura longitudinal. O exame imagiológico mostrou uma raiz com tratamento endodôntico e confirmou a fratura longitudinal. A raiz nestas condições apresentava-se com extração indicada. Os dentes 1.3 e 1.5 apresentavam-se vitais, mas com restaurações em resina composta infiltradas. A paciente tinha boa higiene oral.

PLANO DE TRATAMENTO:
Foi proposto á paciente a extração da raiz do dente 1.4 e colocação imediata de um implante nesse local. A confirmação desta proposta de reabilitação estaria sempre dependente da realização prévia de uma Tomografia Axial Computorizada no sentido de avaliar o património ósseo disponível. A provisionalização do espaço edentulo seria feita com uma prótese fixa provisória aderida aos dentes adjacentes. Essa prótese seria realizada em laboratório e consistiria num dente acrílico de prótese com um arame metálico incluído que serviria de elemento de retenção. Desta forma resolvia-se o problema estético durante o período de osteointegração evitando a utilização de uma prótese removível. O implante seria finalmente reabilitado com uma coroa metalo-cerâmica aparafusada.

NOTAS DA COLABORAÇÃO “MÉDICO DENTISTA & TÉCNICO DE PRÓTESE DENTÁRIA”:
Foi realizado uma TAC para avaliação do património ósseo disponível e escolha do tipo e calibre de implante a colocar. Realizou-se uma impressão em alginato de ambos os maxilares bem como registo intermaxilar para confeção em laboratório de uma prótese provisória. A prótese provisória foi confecionada incluindo um arame metálico num dente de prótese adaptado ao espaço edentulo. A raiz foi removida cuidadosamente e foi colocado o implante no alvéolo dentário correspondente ao dente 1.4. O espaço remanescente entre as paredes do alvéolo e o implante foi preenchido com material regenerador e em seguida foi feita a sutura. A prótese foi previamente adaptada á zona pós cirurgia e de seguida foi feita a sua colagem aos dentes adjacentes. No sentido de promover o melhor isolamento possível foi colocado Teflon. A colagem foi feita utilizando resina composta fotopolimerizável usando as paredes palatinas e interproximais dos dentes adjacentes. Passados 10 dias foi removida a sutura e um mês depois foi confirmada a osteintegração. A exposição do implante e colocação do parafuso de cicatrização foi feita passadas 10 semanas. A porção cervical do dente provisório teve que ser reduzida para acomodar o parafuso de cicatrização. Estabilizados os tecidos moles peri-implantares foi realizada a impressão com técnica de moldeira aberta utilizando silicones de consistência putty - soft e regular. No laboratório foi confecionado o modelo de trabalho e feita a escolha das peças pré-fabricadas para a confeção de uma coroa metalo-cerâmica aparafusada ao implante com interface da marca. A remoção da ponte provisória foi feita com muito cuidado para não tocar nas superfícies interproximais dos dentes adjacentes ao espaço edentulo. A coroa foi aparafusada ao implante e após controlo imagiológico do assentamento foi dado o aperto final com 35N de torque. A cavidade de acesso ao parafuso foi preenchida com teflon e obturada com resina composta. A paciente mostrou agrado com a reabilitação estética e funcional conseguida.